Fui sempre uma buscadora da ficção científica. Li muita coisa a respeito, mas ainda não consegui escrever uma forma de ficção como gostaria. O último livro, ainda não publicado, – Mente Humana – acabou sendo um romance psicológico, de acordo com a visão de meu editor. Essa forma literária foi desenvolvida no século XIX. Lida especialmente com o impacto da ciência, tanto verdadeira como imaginada, sobre a sociedade ou os indivíduos. O termo é usado, de forma mais geral, para definir qualquer fantasia literária que inclua o fator ciência como componente essencial. Num sentido lato referencia qualquer tipo de fantasia literária. Em inglês o termo ficção científica é às vezes abreviado para sci-fi ou SF. Em português, é abreviado para FC.
Este tipo de literatura pode consistir numa cuidadosa e bem informada extrapolação sobre fatos e princípios científicos, ou abranger áreas profundamente rebuscadas, que contrariam definitivamente esses fatos e princípios. Em qualquer dos casos, deve ser estruturado de maneira plausível e baseado na ciência com seu requisito indispensável.
Obra precursora deste gênero literário, podemos citar o livro de Robert Louis Stevenson, O Médico e o Monstro (1886) considerado ficção científica. Caso contrário a Drácula, de Bram Stoker (1897), que não se enquadra no gênero.
Em muitos estudos sobre o tema divide-se em vários tipos de ficção científica. Os dois principais tipos são a ficção científica soft como por exemplo as séries televisivas Star Trek (Jornada nas Estrelas), Battlestar Galactica e Doctor Who, e também a ficção científica hard como por exemplo os filmes 2001, Uma Odisséia no Espaço, Blade Runner e Solaris. Há também alguns filmes que se utilizam de temas recorrentes na ficção científica embora tenham mais características do gênero fantasia, como por exemplo a série de filmes Star Wars.
A ficção científica só se tornou possível pela ascensão da ciência moderna, sobretudo pelas revoluções operadas na astronomia, na física, química e na biologia. Além da antiquíssima literatura fantástica, que não é considerada para o efeito, o gênero teve precursores notáveis: viagens imaginárias à Lua ou a outros planetas no século XVIII e viagens espaciais no Micromégas de Voltaire (1752), culturas alienígenas n’As Viagens de Gulliver de Jonathan Swift (1726), e elementos de ficção científica nas histórias de Edgar Allan Poe, Nathaniel Hawthorne e Fitz-James O’Brien, todos do século XIX. O verdadeiro início da ficção científica, contudo, dá-se no final do século XIX com os romances científicos de Júlio Verne, livros que me encantaram na juventude, cuja ciência se situava ao nível da invenção.
Há outros precursores ilustres e mais antigos. O astrônomo Johannes Kepler (1571 – 1630) escreveu uma história, a que deu o título de Somnium (O Sonho), em que descreve uma viagem até outro planeta. Em 1656, o francês Savinien Cyrano de Bergerac escreveu Histoire Comique des États et Empires de la Lune, que relata também uma viagem até à Lua e a forma como os Selenitas vêem os terrestres.
O desenvolvimento da ficção científica como gênero literário consciente de si próprio data de 1926, quando Hugo Gernsback, que cunhou a palavra combinada scientifiction (que se poderia traduzir para português como cientificção), fundou a revista Amazing Stories, dedicada exclusivamente a histórias de ficção científica. Publicadas nesta e noutras revistas pulp com um sucesso grande e crescente, tais histórias não eram vistas pelos sectores literários como literatura, mas sim como sensacionalismo. Com a chegada, em 1937, de um editor exigente, John W. Campbell, da Astounding Science Fiction (fundada em 1930) e com a publicação de contos e novelas por escritores como Isaac Asimov, Arthur C. Clarke e Robert A. Heinlein, a ficção científica emergiu como uma forma de ficção séria. Escritores que não se dedicavam exclusivamente à ficção científica, como Aldous Huxley, C. S. Lewis e Kurt Vonnegut, também adicionaram respeitabilidade.
Sei ter o gênero a características de criar comunidades de fãs, da qual muitos autores também fazem parte, entre eles, eu. Isso absolutamente me impele a escrever esse gênero. Minha opção é verdadeira e persiste desde muito cedo.
Espero um dia fazer parte do trabalho de tantos outros escritores de ficção científica e incluir previsões sobre sociedades futuras na Terra, análises das consequências da viagem interestelar e explorações imaginativas de outras formas de vida inteligente e das suas sociedades noutros mundos.
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